Um (re)começo.

Ela mudou, exatamente no momento em que chorou, ela prometeu não mais chorar, e só falar de sorrisos, mas chega uma hora que a máscara cai, e só aqueles que sempre estiveram ao lado dela vão entender. Mudou, cresceu, deixou a rebeldia aos dezessete anos, tarde ? Não, pra ela não, nunca teve tempo pra gritar, nunca foi alguém de gritar, e se algum dia gritar, não será ela, será uma das outras milhões de mulheres que moram dentro dela. Ela mudou assim, virou gente, deixou para trás aqueles sentimentos de amor eterno, de liberdade a qualquer custo, de xingar os pais e achar que estava com a razão, ela entendeu que estava errada, sempre esteve, porém agora conseguiu dizer isso tudo em voz alta. Não quer mais provar pro mundo que é uma grande garota, não vai mais provar nada pra ninguém, ela sabe das suas verdades, se o mundo duvida dela, é porque não a conhece por dentro. E acabou, ela não vai mais chorar, não por ter prometido, mas porque agora ela ja é outra, ela vai levantar o rosto, deixar o vento secar a pele, e depois viver, buscar sonhos e fazer riso de tudo que acompanhar a palavra problema.

- Falo em terceira pessoa, é mais fácil de explicar os sentimentos alheios do que os meus próprios.